Narrador: Clark chamou esses trabalhos de “Bichos,” ou “criaturas.”
Connie Butler: A implicação é a de que esses Bichos são pequenas feras ou animais ou de alguma maneira formas animadas ou vivas. Se você olhar com atenção, vai observar que os Bichos são realmente feitos de peças de metal articuladas – algumas geométricas, algumas circulares e algumas realmente esculpidas como se fosse à mão. Os Bichos são articulados para gerar movimento nas esculturas.
Luis Perez-Orama: Os Bichos são fundamentalmente estruturas instáveis. Eles questionam a certeza física do usuário, já que estão a todo momento à beira do colapso. Eles não têm uma forma ideal. Eles não têm frente e atrás. Eles são totalmente manipuláveis. E se desdobram como potenciais multiplicidades, tanto estruturalmente quanto organicamente.
Narrador: Compostas de diferentes planos, essas esculturas são como versões móveis das pinturas de Lygia Clark. Em vários pontos da exposição, você encontrará réplicas que podem ser manipuladas.
Connie Butler: Clark queria que o expectador manipulasse a escultura no espaço entre as pinturas e outros trabalhos. E é aqui que vemos essa ideia de um tipo de colaboração com o público apresentado muito claramente em seu trabalho pela primeira vez.