Lygia Clark: The Abandonment of Art, 1948–1988

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Lygia Clark. _A casa é o corpo: penetração, ovulação, germinação, expulsão (The House is the Body)_. 1968

Lygia Clark. A casa é o corpo: penetração, ovulação, germinação, expulsão (The House is the Body). 1968

Mixed media
Variable dimensions
Courtesy Associação Cultural “O Mundo de Lygia Clark”

Narrador: A Casa é o Corpo foi feita pela artista brasileira Lygia Clark em 1968. Nesse ponto jah perto do fim de sua carreira, Lygia estava fazendo trabalhos preparatórios que requeriam interação entre um ou mais espectadores e que lidavam com nossa percepção de nossos corpos e de nós mesmos.

Essa é uma recriação de instalação de Lygia Clark. Curador Connie Butler:

Connie Butler: O título adequado do trabalho é A Casa é o Corpo: Penetração, ovulação, germinação e expulsão. Ela fala sobre isso em termos de abandono de objetos, mas na verdade, acredito que somos confrontados aqui com uma nova forma radical de fazer arte.

A noção é realmente a de que o expectador deve entrar na instalação e se submeter a um processo específico e a uma série de experiências físicas e, então, sair do outro lado expelido do corpo da escultura ou, de alguma forma, do próprio corpo. Mas também é uma estrutura de resistência e novamente, pensando sobre o tempo em que foi feita, uma estrutura onde o corpo se submete a algum tipo de situação repressiva ou opressiva fora do qual ele emerge.

Narrador: Lygia Clark refletiu profundamente sobre o conceito da casa como um corpo. Alguns anos depois de ter feito essa obra, ela escreveu: “A casa… era mais que uma pele, já que ela era todo o conteúdo do corpo também e, portanto, um organismo tão vivo como o nosso próprio!”

Você encontrará a exposição Lygia Clark no sexto andar. Ele traça a evolução de sua carreira desde as primeiras pinturas até trabalhos interativos como esse – e você terá uma oportunidade de se envolver com algumas delas.