
Lygia Clark, Maquetes arquitetônicas (como um grupo)
Industrial ink on wood
Private collection
Narrador: Nessas maquetes, ou modelos arquitetônicos, Clark estende sua investigação da linha orgânica – o que, para ela, significa criar incisões e aberturas no corpo de seu trabalho. Luis Perez-Oramas:
Luis Perez-Orama: O que ela chama de "linha orgânica" é algo que ela compara a, digamos, uma porta que se abre em uma parede, como vemos nessas maquetes, ou que ela compara à moldura de uma janela. Portanto, essas maquetes, apresentando todos esses elementos, devem ser concebidas como processo de pensamento para a linha orgânica.
Narrador: Connie Butler:
Connie Butler: O que também é interessante sobre esses modelos arquitetônicos é que podemos ver Lygia Clark começando a pensar em arquitetura em termos de corpo – não apenas o relacionamento do corpo com a própria arquitetura, mas arquitetura como um corpo, como algo que vive e respira e abrange o espaço.
Podemos pensar na pintura aplicada a esses modelos arquitetônicos quase como se fosse uma pele aplicada à arquitetura. E isso é, novamente, um tipo de forma metafórica de pensar sobre arquitetura como o corpo.